segunda-feira, 18 de março de 2013

Formula 1: Como funciona o carro de fórmula 1


Quando os franceses sediaram o primeiro grande prêmio, em 1906, o organizador do evento, o Automóvel Clube da França, nem imaginava o sucesso que essa modalidade teria no futuro. A primeira corrida contava com 32 carros, em um circuito de 100 km próximo a Le Mans e teve duração de dois dias. A velocidade média do carro vencedor, um Renault guiado pelo húngaro Ferenc Szisz, foi de 100 km/h.


A maioria dos pilotos de Fórmula 1 adquire experiência em outras modalidades do automobilismo. Na verdade, outras categorias do esporte podem ser consideradas fomentadoras para a Fórmula 1, o campo de teste no qual o piloto desenvolve suas habilidades e, se for bom o bastante, conquistará um lugar em uma das pouco mais de 10 equipes da Fórmula 1.
As corridas de Fórmula 1 são, por definição, rigorosamente regulamentadas. Regras específicas ou fórmulas definem exatamente como os carros devem ser configurados e como a corrida deve ser realizada. As regras da Fórmula 1 são divididas em duas categorias. Os regulamentos esportivos abrangem cada aspecto da corrida, do início ao fim. Os regulamentos técnicos fornecem detalhes específicos sobre os sistemas principais do carro, incluindo o motor, a transmissão e a suspensão.


 A função da transmissão é transferir toda a potência do motor para as rodas traseiras do carro de Fórmula 1. A transmissão é aparafusada diretamente à parte traseira do motor e inclui todas as partes encontradas em carros comuns: caixa de câmbio,diferencial e o semi-árvores. A caixa de câmbio deve ter um mínimo de quatro e um máximo de sete marchas. Caixas com seis marchas foram muito populares durante anos, mas, atualmente, a maioria dos carros de Fórmula 1 possui sete marchas. Também é necessária uma marcha a ré. A caixa de mudanças é ligada ao diferencial, permitindo que as rodas traseiras se movam com rotação diferente entre si nas curvas. O diferencial é conectado às semi-árvores, que transferem a potência para as rodas.­



A troca de marchas em carros de Fórmula 1 não é igual à de um carro comum, com câmbio manual. Em vez de usar um quadrante seletor tradicional para a troca de marcha em formato de "H", pilotos utilizam pequenas alavancas-pá, ou borboletas, localizadas atrás do volante. A redução é feita pela alavanca do lado esquerdo, e a troca ascendente, do outro lado. Embora sejam possíveis em carros de Fórmula 1, caixas automáticas, incluindo sistemas com sofisticados controles de arrancada não são mais permitidas. Isso ajuda na redução do custo geral do trem de força e permite que os pilotos utilizem suas habilidades na troca de marcha para brigar por posições em uma corrida.

Um carro de corrida de Fórmula 1 é definido tanto pela sua aerodinâmica como pela sua potência. Qualquer veículo que se mova em alta velocidade deve ser capaz de fazer duas coisas: reduzir a resistência do ar e aumentar a força vertical descendente gerada pela carroceria e seus anexos aerodinâmicos. Os carros de Fórmula 1 são baixos e largos para reduzir a resistência do ar. Aerofólios, difusor, placas externas e defletores laterais aumentam a estabilidade. Vamos ver cada um deles detalhadamente.




Na década de 70, engenheiros da Lotus descobriram que o carro de Fórmula 1 em si mesmo poderia ser transformado em uma enorme asa. Utilizando um projeto único de assoalho, eles conseguiram extrair o ar debaixo do carro, criando uma área de baixa pressão que puxava o veículo para baixo. O chamado efeito-solo logo foi declarado ilegal, e normas rígidas foram criadas para regulamentar projeto de assoalho. A parte de baixo dos carros de hoje deve ser plana desde o bico até a linha do eixo traseiro. Além dessa linha, engenheiros podem fazer o que quiserem. A maioria deles inclui um difusor, dispositivo localizado logo abaixo do motor e do câmbio que acelera o ar e o joga para a parte traseira do carro.



Uma das funções da aerodinâmica é fazer com que o ar se mova da maneira que desejamos. As placas externas são pequenas áreas flangeadas nas extremidades dos aerofólios dianteiros que ajudam na "captura" do ar e no seu direcionamento para as laterais do carro. Os defletores laterais, localizados logo atrás das rodas dianteiras, pegam o ar delas para criar ainda mais força lateral descendente.O resultado dessa engenharia aerodinâmica é uma força vertical de cerca de 2.500 kg. É mais do que quatro vezes o peso do próprio carro.


Uma das funções da aerodinâmica é fazer com que o ar se mova da maneira que desejamos. As placas externas são pequenas áreas flangeadas nas extremidades dos aerofólios dianteiros que ajudam na "captura" do ar e no seu direcionamento para as laterais do carro. Os defletores laterais, localizados logo atrás das rodas dianteiras, pegam o ar delas para criar ainda mais força lateral descendente.



A suspensão de um carro de Fórmula 1 tem os mesmos componentes que carros comuns. Estes componentes incluem molas, amortecedores, braços e barras estabilizadoras. O artigo Como funcionam as suspensões dos carros fornece informações detalhadas sobre cada uma dessas partes e inclui até uma seção sobre suspensões em carros de Fórmula Para simplificar, digamos que quase todos os carros de Fórmula 1 contam com suspensões do tipo braços triangulares superpostos. Antes de qualquer corrida, a equipe ajustará a suspensão para garantir que o carro possa frear e fazer curvas com segurança, mas que proporcione rapidez de resposta.


É fácil reconhecer as partes dos discos de freio encontrados em carros de Fórmula 1. A grande diferença é que os freios usados na Fórmula 1 devem fazer o carro parar a uma velocidade de mais de 320 km/h. Isso faz com que os freios se tornem incandescentes quando usados. Discos e pastilhas de fibra de carbono são utilizados para evitar o desgaste e as fissuras e melhorar o desempenho. Estes sistemas de freio, mesmo sendo leves, são extremamente eficazes quando expostos a temperaturas de até 750 °C. Orifícios em volta das bordas do disco de freio permitem que o calor seja liberado rapidamente. Os carros contam também com tomadas de ar colocadas na parte fora do cubo da roda que têm a função de resfriar os freios. Essas tomadas são modificadas conforme as necessidades de cada pista, inclusive porque os freios não devem esfriar demais, sob pena de perda de eficiência, uma característica dos freios de carbono.


Os pneus de um carro de Fórmula 1 talvez sejam a parte mais importante do veículo. Isso pode parecer um exagero, até percebermos que os pneus são os únicos componentes do carro a tocar o solo. Isso significa que todos os outros sistemas como o motor, a suspensão e os freios cumprem suas funções com o auxílio dos pneus. Se o desempenho dos pneus não for bom, o do carro também não será, independente da superioridade técnica presente em outros sistemas.

Assim como qualquer outra parte de um carro de Fórmula 1, os pneus são rigorosamente regulamentados. Pneus totalmente lisos, sem sulcos, foram introduzidos na década de 60 e usados até 1998, quando a FIA modificou as regras para reduzir a velocidade nas curvas e tornar o esporte mais competitivo. Nos carros de Fórmula 1 atuais, os pneus dianteiros devem ter de 30 a 40 cm de largura e, os traseiros, entre 35 e 40 cm. Quatro sulcos longitudinais contínuos devem circundar o pneu. Estes sulcos devem ter, pelo menos, 2,5 mm de profundidade e 50 mm de distância uns dos outros. Em condições de pista molhada, os carros podem ter pneus "intermediários" e "de chuva", que possuem banda de rodagem desenvolvida para canalizar para fora a água da superfície.


Os pneus de Fórmula 1 são feitos de componentes de borracha macia que, ao serem aquecidos, resultam em excelente aderência à pista. Na realidade, pneus de carros de corrida têm melhor desempenho em temperaturas elevadas, por isso são aquecidos antes de ficarem prontos para a corrida. O inconveniente é a pouca durabilidade. Um pneu de Fórmula 1 é feito para durar no máximo 200 quilômetros.

O controle de tração pode aumentar a vida útil de um pneu ao limitar a patinagem, principalmente sob as cargas impostas pelas curvas. Os sistemas de controle de tração utilizam sensores eletrônicos para comparar a rotação da roda com a velocidade do veículo. Se a roda estiver girando mais rapidamente que a velocidade do carro, sinal de que as rodas estão prestes a patinar, o motor é automaticamente desacelerado. O controle de tração foi permitido e proibido diversas vezes na história da Fórmula 1. Foi permitido desde o início da temporada de 2002, mas será novamente banido já em 2008.


O volante de um carro de Fórmula 1 tem pouca semelhança com o de um carro comum. Centro de comando do carro, o volante é composto de uma magnífica variedade de botões, controles e dispositivos. Durante a corrida, o piloto pode controlar praticamente cada um dos aspectos do desempenho de seu carro como, mudanças de marcha, mistura do combustível, equilíbrio dos freios e muito mais, com apenas um toque. E, o mais impressionante, é que todos esses controles estão localizados em um volante que tem a metade do diâmetro do volante de um carro comum.


As normas de segurança dizem que o piloto deve conseguir sair de seu carro, em cinco segundos, removendo apenas o volante. Para isso, o volante é montado na coluna de direção por uma conexão rápida.
A corrida de Fórmula 1 é um trabalho de equipe. Mais de cem pessoas em cada equipe trabalham para o sucesso da temporada. 





Fonte:
http://esporte.hsw.uol.com.br/formula-um.htm
http://continental-circus.blogspot.com.br/2010/05/gp-memoria-monaco-1950.html
http://www.fatosinteressantes.com.br/2012/06/uma-ideia-que-pode-dar-certo-no-mundo.html
http://esporte.hsw.uol.com.br/formula-um3.htm
http://bestcars.uol.com.br/tecprep/aero-1.htm
http://www.guardrailf1.com/2008/09/teste-do-novo-aeroflio-para-2009.html
http://carplace.virgula.uol.com.br/lamborghini-aventador-tera-suspensao-igual-de-formula-1/
http://mais.uol.com.br/mediasByTags.html?types=A&tagIds=111458&index.currentPage=1&index.orderBy=mostRecent
http://www.hsw.uol.com.br/framed.htm?parent=formula-um.htm&url=http://www.f1-country.com/f1-engineer/aeorodynamics/f1-aerodynamics.html

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